Ao longo da nossa experiência de mais de 16 anos em Portugal e 35 em Espanha, temos vindo a trabalhar em soluções de gestão de pessoas com diferentes tipos de necessidade. Os nossos interlocutores contam com uma formação muito variada, desde Engenheiros, Gestores, Informáticos, licenciados nas áreas da Saúde, entre outros… De acordo com a formação e setor de referência, sempre deram peso a diferentes características quando se trata de identificar e desenvolver talentos: formação específica, pós-graduação específica, experiência concreta…

Ao longo destes anos, a visão das pessoas nas empresas tem vindo a adquirir diferentes nuances e cada vez mais é transmitida a importância do “saber fazer” e sobretudo do “como fazer”… até hoje, onde grande parte das organizações posicionam as pessoas no eixo central das empresas, como elemento-chave para contribuir e crescer alinhado com a estratégia corporativa. Procura-se alinhar o propósito das organizações e das pessoas que as integram como forma de maximizar o desempenho e gerar valor. Esta visão evoluiu de mãos dadas com o peso que a área das Pessoas tem vindo a adquirir nas organizações. Nestes anos passámos de uma ausência da figura de referência na área de RH para encontrar grandes profissionais com voz e grande influência. Profissionais que, em geral, conseguiram imprimir uma sensibilidade na importância no “como fazer”.

Neste contexto surge o que até agora (mal) denominávamos de “Soft Skills”, que foram renomeadas adquirindo a força e a importância que possuem… falamos de POWER Skills.

POWER Skills pois empoderam o profissional e são a chave para o sucesso. Por conseguinte, devemos valorizá-las e desenvolvê-las, melhorando-as e eliminando os vestígios de uma época em que estas características eram consideradas secundárias.

E o que são as POWER Skills? São as competências pessoais para executar uma atividade ou missão dentro de uma organização e que nos permitem oferecer resultados únicos e diferenciados. Tal como no mundo corporativo as pessoas enfrentam contextos diferentes, também as POWER Skills podem ser classificadas de acordo com mesmos. Assim, podemos identificar POWER Skills nas áreas:

• Falamos das competências necessárias quando nos deparamos com uma tarefa/relação (pensamento analítico, gestão de emoções, resolução de problemas, etc.)
• Aquelas que se referem a relações individuais (de um a um) ou de equipa (comunicação, influência social, colaboração, etc.)
• Liderança/Empreendedorismo. Típico de atividades de gestão de projetos e/ou pessoas (organização e planeamento, desenvolvimento de pessoas, visão estratégica, etc.)
• Presentes em todas as circunstâncias e tarefas na nossa realidade empresarial (utilização de tecnologia, controlo e gestão de aplicações, gestão de informação digital, etc.).

A confiança nas Power Skills como motor de mudança e fator diferenciador nas pessoas, levou a considerá-las num âmbito mais alargado, além da Gestão das Pessoas. No último Fórum Económico Mundial, destacaram-se as 10 competências críticas necessárias para uma organização empresarial em 2025.  São as seguintes:

De acordo com o Fórum Económico Mundial, investir em iniciativas de desenvolvimento e renovação de competências e poderá aumentar o PIB global em até 6,5 mil milhões de dólares e criar 5,3 mil milhões de empregos até 2030.

Neste contexto, vale a pena investir em trabalhar as POWER Skills? Como podemos fazê-lo?

O importante e crítico é desenhar um plano que integre e contemple as POWER Skills de forma global e em diferentes âmbitos:

1. Definir uma agenda integral de desenvolvimento de competências.
2. Implementar uma abordagem ágil para impulsionar iniciativas de desenvolvimento de competências.
3. No âmbito corporativo, integrar como investimento a formação e desenvolvimento.
4. Reinventar a educação – adaptar a aprendizagem às necessidades reais.

Debruçando-se sobre o âmbito corporativo existem várias dicas que devem ser tidas em conta ao trabalhar com a Power Skills:

1. Devem fazer parte do core do negócio, da estratégia. Impactam em todo o ciclo de vida dos colaboradores: desde a integração até à desvinculação e em todas as áreas conexas (seleção e identificação de talento, desenvolvimento e compensação).
2. Permitem resultados mensuráveis e podem ser desenvolvidas. A conceção e execução de programas de análise e desenvolvimento devem estar nas mãos de profissionais.
3. Implementar e promover políticas de comunicação interna e externa, facilitando a vinculação e alinhamento com o propósito organizacional.
4. Onboarding. Trabalhar o primeiro impacto. O acolhimento é um dos momentos-chave na vida de uma pessoa na nossa organização.
5. Trabalhar também o desenvolvimento e progressão de carreira. Para tal é crucial integrá-las em programas de upskilling e reskilling.

Acreditamos que o desenvolvimento das POWER Skills contribuirá para a capacidade e eficácia das organizações em conseguir fazer face aos desafios desta era. O momento é Agora!

Susana Bogalho.-Directora Psicotec Portugal

Na Psicotec acreditamos firmemente nas Pessoas e, por vocação, estamos convencidos de que os principais instrumentos para o crescimento de pessoas e organizações são o desenvolvimento de Power Skills. Do ponto de vista dos Recursos Humanos, as competências influenciam todos os processos de um departamento de RH, desde a procura de talento externo até à desvinculação de profissionais. Em todas as fases da relação empresa-colaborador estão presentes e desempenham um papel de liderança. Por isso, integramos Power Skills em todos os nossos projetos nas nossas áreas de negócio: Recrutamento & Seleção, Desenvolvimento & Formação, Assessment & Avaliação e Consultoria & Transformação. Se precisar de apoio em qualquer questão no âmbito da Gestão das Pessoas, não hesite em contactar a Psicotec.